As quizilas, as réplicas e tréplicas inerentes ao pathos convivial — contraparte necessária ao pathos da distância constitutivo da linguagem da poesia — nos condenam a uma atitude de análise em que o importante é nos sentirmos implicados quer nos logros, quer nas pertinências que denunciamos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

eco épico e cólica lírica

www.verbavisual.blogspot.com

O épico se funda nas narrativas do passado, na oratura dos mitos (história), e, paradoxalmente, no projeto utópico de construção de uma identidade e de um verismo nacionais. O poema épico plasma a língua e elementos performativos da cultura de um povo. A clave lírica pertence à categoria do existente efêmero e vai operar sobre o real em processo, a partir da singularidade da fala que denuncia os sinais fonológicos da pessoa-indivíduo; e esta linguagem de alguns instantes vem a ser o poema da modernidade.

Hoje, a balança épico/lírico se encontra francamente desequilibrada para o lado do lírico-fala-linguagem. Estamos mais aptos a apreciar a linhagem/linguagem de poetas da fragmentação e da polissemia, do que a linha/língua de artistas mais objetivistas, devotados à recuperação de uma expressão clara, narrativa, e de comunicação realista ou referencial.


ronald augusto

2 comentários:

  1. Que o Signagem seja um espaço aberto para as expimentações )anti)literários... Sucesso pra vocês. Tudo de bom.

    Um abraço.

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  2. uma ótima iniciativa em um belo blog...
    meus parabéns...

    beijos em seu coração...

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