o torpedeamento do plasma estético contemporâneo, queira ou não, tem que passar por um gesto de aproveitamento do que melhor e pior se fez em nível de experimentação do solo dúctil da palavra e os espaços im/prováveis onde ela atua. de quebra, com todas as dobras estéticas e éticas praticadas sobre utensílios e objetos midiáticos (nós que estamos cegos de tanto ver). citem-se Warhol, Duchamps, Brossa, esse time todo.
a inquietação levada tão só na ordem programática de um projeto de ruptura corre o risco de diluir-se na e pela própria sofreguidão pelo novo: brochura e brochada da radicalidade a meio-pau.
mas ela, a tentativa de re-verter para uma outra leitura a face costumada, deve estar sim, sempre, na tensão de um estágio estético.
não é o caso aqui: um fazer tenaz, quase abstraído de sua irreverência.
Cândido Rolim
Nenhum comentário:
Postar um comentário