


Planos que se destacam de uma remota invisibilidade, abandonados a um oblíquo exercício de interferência no opaco. Lâminas, gomos, gumes; jorro enviesado da transparência, em certos momentos invasiva, noutros em vôo tangente, cortando a madeira-carne, desbordando o limiar dos artifícios fixos, artifixos, lúbrica e lúdica.
A transparência em plaquete oblíqua quase vence a platitude da madeira, rumo ao chão.
Está-se dentro ou fora de um contorno sem centro, aberto, instaurado para fora, devotado ao vazio.
A lâmina prestes a varar o panteão ameaçador – passagem para orum? – inspira medo, suspense, submissa vigília; nossa cabeça mínima, ori-minimal: e os olhos, pequenos objetos de ver, se oprimem num pressentimento, o sobrevôo de uma vasta clave ausente: o homem é involucrado nessa indecisão arqui-tectônica, submetido a um delírio guilhotinesco. Coberto por um metro quadrado de acrílico, dúbio, que pode protegê-lo, expondo-o, ou decepa-lo.
Afinal, de onde vem a translucidez furtiva que sufoca nossa apreensão? Em que zona refratária se tocam esse objeto sem sítio e o corpo semovente?
Cândido Rolim
companheiros, vim conhecer a nova casa.
ResponderExcluirvida longa ao SIGNAGEM.
abrações,
paulo de toledo
Uma ja nela para novas paisagens, novas linguagens e abordagens no mundo virtual-cultural
ResponderExcluira arte cresce e aparece
e a gente agradece
Tom Gil