
O épico se funda nas narrativas do passado, na oratura dos mitos (história), e, paradoxalmente, no projeto utópico de construção de uma identidade e de um verismo nacionais. O poema épico plasma a língua e elementos performativos da cultura de um povo. A clave lírica pertence à categoria do existente efêmero e vai operar sobre o real em processo, a partir da singularidade da fala que denuncia os sinais fonológicos da pessoa-indivíduo; e esta linguagem de alguns instantes vem a ser o poema da modernidade.
Hoje, a balança épico/lírico se encontra francamente desequilibrada para o lado do lírico-fala-linguagem. Estamos mais aptos a apreciar a linhagem/linguagem de poetas da fragmentação e da polissemia, do que a linha/língua de artistas mais objetivistas, devotados à recuperação de uma expressão clara, narrativa, e de comunicação realista ou referencial.
Hoje, a balança épico/lírico se encontra francamente desequilibrada para o lado do lírico-fala-linguagem. Estamos mais aptos a apreciar a linhagem/linguagem de poetas da fragmentação e da polissemia, do que a linha/língua de artistas mais objetivistas, devotados à recuperação de uma expressão clara, narrativa, e de comunicação realista ou referencial.
ronald augusto