Para o bem ou para o mal, a poesia é uma das poucas linguagens que
parece resistir a abandonar sua perícia em proveito da desmesura e do erro,
como se invariavelmente se propusesse uma auto-justificação para o rigor.
O uso perdulário da metalinguagem, de certa forma, denuncia essa fixação pelas
manobras auto-referentes em detrimento do resultado estético em si, tanto quanto fruível.
Seduzido mais pelo procedimento que por seus produtos efêmeros, o texto poético parece constantemente migrar para sua adjacência performática.
Perseguidor de um uso adequado para o pasmo e o impasse,
o poeta elege essa sedutora intermediação da língua como âmbito quase fatalista
através do qual ele cumpre sua rota rumo ao aprimoramento, à traiçoeira maturidade.
Cândido Rolim
Cândido Rolim
cândido:
ResponderExcluirconte comigo por aqui.
um abraço.
romério
Seja bem vindo, Romério desdeminas! abraço
ResponderExcluirCândido